Disney World de Orlando inicia reabertura para o público americano. Muitas atrações e hotéis só retornarão no ano que vem
Por Hélio Cabral Júnior, CEO da DF Business USA
Quem poderia imaginar que os portões da magia estariam trancados, impedindo que milhões de apaixonados atravessassem as suas fronteiras? Pode acreditar: bruxas, princesas e todos os personagens mais queridos do mundo estavam de quarentena. Um castelo inteiro foi fechado para balanço. Sim, estou falando da Disney. Em especial, a Disney World de Orlando, na Flórida, o “quintal” da minha casa.
São bilhões de dólares em prejuízos acumulados, valores que deixaram de ir para os cofres da casa do Mickey Mouse. Boa parte dessa fortuna vinha do bolso de milhares de brasileiros que transitavam por essas terras encantadas. Com toda confusão por trás da pandemia que assola o mundo, enfrentamos desencontros de informações, adotamos protocolos de segurança incertos e fomos submetidos a medidas drásticas.
Entre elas, o fechamento de fronteiras. A liberdade de ir e vir foi tolhida e a realização de sonhos, adiada. A Flórida – e Orlando em especial – tem forte relação com os brasileiros. É possível dizer que pelo menos 15% da receita do estado venha de dinheiro verde-amarelo. Esses valores são injetados no segmento imobiliário, nos mais diversos negócios e no turismo. E entre os destinos mais procurados, a Disney é a protagonista na lista de sonhos dos viajantes. Muita gente deseja viver a magia que somente os parques temáticos proporcionam.
O governo americano comunicou em setembro que irá modificar as restrições de entrada no país. Agora, os voos vindos do Brasil estão liberados para todos os aeroportos dos EUA. Porém, os passageiros precisam ser americanos ou estrangeiros residentes – eles precisam ter visto de trabalho ou possuir o green card.
Apesar do avanço, os turistas ainda não entraram na lista de beneficiados. Ainda assim, a Disney está otimista com essa abertura discreta. O comércio local também agradece. Os lojistas, aliás, foram muito afetados. Eles são o exemplo dramático dessa crise. Bastava caminhar pela International Drive, uma das principais ruas comerciais de Orlando. Centenas de estabelecimentos comerciais ficaram às moscas ou fecharam as portas. Ainda não sabemos quando voltarão aos melhores dias.
Há seis meses, aquele mesmo lugar recebia multidões de turistas. Hoje, o dinheiro circulante é menor. Além disso, há altas taxas de desemprego e o câmbio real-dólar caminhou para um patamar muito elevado. Somado a isso, existe, ainda, a incerteza em relação a uma vacina salvadora. Resultado: estamos apreensivos quanto ao rumo de nossas vidas.
A Disney resolveu retomar parcialmente as atividades. Muitos hotéis ainda estão fechados e não reabrirão antes de 2021. Já os parques estão operando com redução de capacidade, atividades que concentram pessoas – como os shows e queimas de fogos – foram canceladas.
Enquanto os brazucas não retornam, os americanos e moradores locais irão usufruir de uma proposta diferente de parque. Ainda assim é uma opção mágica para toda essa loucura que o mundo vive.
Para mais informações: dfbusa.com.br